12 - sábado, julho, 2025

Casal mandante do assassinato de Nery é indiciado

Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: João Vieira

Terceira etapa do inquérito que apurou participação do casal César Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, considerados mandantes do homicídio do advogado Renato Gomes Nery, 72, foi concluído nesta sexta-feira (11). Os dois, que já estão presos preventivamente, foram indiciados pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe, promessa de recompensa, emprego de meio que possa resultar em perigo comum e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Conforme as investigações da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, o casal articulou por meio de intermediários a contratação dos executores do homicídio de Renato. Foi constatado que o policial militar Heron Teixeira Pena Vieira e o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva vinham monitorando a vítima por vários dias.

Também foi comprovado que, no dia anterior ao homicídio (4 de julho), o caseiro parou com a moto próximo ao escritório do advogado, em horário idêntico e no exato local de onde atirou na vítima no dia 5 de julho. As provas demonstraram que o crime foi premeditado e a intenção era assassinar o advogado no dia 4, mas, por algum motivo alheio, o crime não se consumou no dia planejado, provavelmente devido a alguma circunstância inesperada.

Conforme noticiou o GD Renato Gomes Nery foi executado a tiros em frente a seu escritório de advocacia na Avenida Fernando Correa da Costa em 5 de julho de 2024, em Cuiabá. As investigações apontaram que a motivação do crime foi a discussão judicial envolvendo uma propriedade rural de mais de 12 mil hectares em Novo São Joaquim, região leste de Mato Grosso.

O advogado ganhou na Justiça uma causa a qual receberia parte da terra em honorários por um serviço prestado. O casal Sechi estava ilegalmente sob a área há anos e foram retirados durante reintegração de posse para que além deles outros invasores também deixassem o local.

Os Sechi chegaram a buscar pessoalmente o advogado em Cuiabá, em seu escritório, por duas vezes e em outras oportunidades enviaram terceiros para tentar voltar a área. Diante disso firmaram acordo e arrendaram a terra, mas nunca pagaram corretamente, sendo novamente retirados.

Atualmente, estão presos o casal investigado como mandante do crime, Julienere Goulart Bastos e César Jorge Sechi; o atirador Alex Roberto de Queiroz Silva, e os policiais militares Heron Teixeira Pena Vieira, Ícaro Nathan Santos Ferreira e Jackson Pereira Barbosa.

Chegaram a ser presos mas foram soltos os 4 policiais militares da Rotam, que continuam investigados: Wailson Alessandro Medeiros Ramos, o sargento PM Leonardo de Oliveira Penha, o sargento PM Jorge Rodrigo Martins e o soldado Wekerlley Benevides de Oliveira. Eles teriam forjado suposto confronto para inserir a arma utilizada por Alex no crime em outro crime.

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