Instituição financeira Sicredi planeja atingir 194 agências, em Mato Grosso, até o fim do ano de 2023. Atualmente são 178 agências, sendo 5 delas inauguradas até julho, com grande volume de inaugurações previsto para o 2º semestre. 21 novas agências devem ser abertas. O número deve ser 12% maior que o registrado ao fim de 2022, quando eram 173 pontos de atendimento físico.
Da lista de 6 novos municípios planejados para receber o Sicredi este ano, em dois a inauguração já ocorreu, totalizando 129 cidades atendidas pela instituição atualmente, restando apenas doze cidades para o atendimento a 100% dos municípios do estado que, hoje, reúne 811,2 mil associados, 9% a mais que o registrado ao fim de 2022.
Além do acesso a produtos e serviços, a presença do Sicredi promove a efetiva inclusão financeira, e reflete na área social, já que a instituição tem uma forte atuação junto à comunidade com programas que beneficiam a todos. “Seguimos firmes no propósito de construir uma sociedade mais próspera. Há 121 anos trabalhamos, junto com os nossos associados, pela realização de sonhos e o fortalecimento dos negócios, seja no ambiente urbano ou rural. Não temos o objetivo de lucro e por isso nossas cooperativas conseguem aplicar taxas e tarifas mais justas”, afirma o presidente da Central Sicredi Centro Norte, João Spenthof.
Ele acrescenta que as cooperativas disponibilizam todos os produtos e serviços oferecidos pelas instituições financeiras tradicionais, com o diferencial de que os associados são donos do negócio e têm poder de voto. Participam dos resultados obtidos pela cooperativa, que também desenvolve iniciativas e programas sociais robustos, impactando positivamente na vida de toda a comunidade.
Números sistêmicos
A ampliação na presença do Sicredi no estado de Mato Grosso acompanha a expansão projetada para o País. Presente em todo o Brasil, o Sicredi tem atendimento presencial em mais de 1,8 mil municípios, com mais de 2,5 mil agências, que atendem mais de 7 milhões de associados. Em mais de 200 municípios brasileiros é a única instituição financeira fisicamente presente. No ano passado foram abertas mais de 200 agências em todo o País e este ano a projeção é abrir cerca de 320 novos pontos de atendimento.
Impacto positivo
A presença física de instituições financeiras contribui de maneira efetiva para a inclusão financeira das comunidades. É o que aponta o 4º estudo da série “Benefícios do Cooperativismo de Crédito” denominado “A Efetividade do Cooperativismo”, realizado pelo Sicredi com apoio do pesquisador Juliano Assunção, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), que é especialista em Microeconomia Aplicada e Desenvolvimento Econômico.
De acordo com o estudo, quando avaliado o comportamento dos associados que passam a contar com agência no município, o uso médio de produtos cresce 25% em dois anos, comparado a associados ativos em municípios sem atendimento físico. Após cinco anos, cada associado passa a ser atendido com uma média de sete produtos financeiros.
O interesse do Sicredi pelo desenvolvimento das pessoas e das comunidades é legítimo. Prova disso são os resultados de outra pesquisa, “Impacto sobre a bancarização”, publicada em 2020. Ela mostrou que enquanto bancos tradicionais têm em média o limite mínimo de oito mil habitantes para abrir uma agência, a cooperativa de crédito tem capacidade de abertura em municípios a partir de 2,3 mil habitantes. A comparação em termos de renda também chamou a atenção ao apontar que as cooperativas conseguem operar em cidades com PIB menor, a partir de R$ 79 milhões, diferente dos bancos públicos em que é necessário um PIB mínimo de R$ 146 milhões, e dos bancos privados, que avalia PIB acima de R$ 220 milhões.
Outro estudo, desta vez realizado em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), revelou que o cooperativismo incrementa o PIB per capita dos municípios em 5,6%, cria 6,2% mais vagas de trabalho formal e aumenta o número de estabelecimentos comerciais em 15,7%, estimulando o empreendedorismo. “Ou seja, a presença e atuação do cooperativismo de crédito só vem a somar com as comunidades, e como a nossa missão é transformar, desenvolver e levar prosperidade, chegamos às pequenas, médias e grandes comunidades para fazer a diferença na vida das pessoas”, frisa o presidente.
Expansão orientada
Relatório de Economia Bancária de 2022, divulgado pelo Banco Central em junho deste ano, reforça os diferenciais do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) em relação ao restante do Sistema Financeiro Nacional (SFN). O documento confirma que, por não terem fins lucrativos, as cooperativas conseguem gerar resultados mais positivos aos associados e à comunidade. Dentre os vários benefícios aos cooperados, o relatório enfatiza a distribuição dos resultados, o pagamento de juros sobre o capital social, a cobrança de taxas menores que a média do mercado nas operações de crédito e oferta de maiores taxas na captação de depósito a prazo, além da cobrança de tarifas mais baixas na prestação de serviço.
O estudo do BC mostra que a velocidade de crescimento das cooperativas de crédito no Brasil é superior ao das demais instituições financeiras, efeito da Agenda BC#, que possibilitou algumas operações antes não realizadas.
“Considerando o cenário atual, temos boas perspectivas para 2024. Com taxa de juros (Selic) caindo, inflação controlada, taxa de desemprego reduzindo, e o andamento de grandes reformas e projetos estruturantes para o desenvolvimento econômico do País cria-se um ambiente mais positivo, de otimismo. É possível que a credibilidade do Brasil aumente, a confiança dos investidores, do empresariado e dos cidadãos também, o reflete diretamente na concessão de crédito, nas captações, na intenção de abrir mais agências e todo esse movimento virtuoso da economia”, analisa o presidente da Central Sicredi Centro Norte, João Spenthof.
Fonte: Gazeta Digital