9 - segunda-feira, dezembro, 2024

Centro histórico de Cuiabá se torna reduto de furtos e roubos

Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: João Vieira

Onda de furtos e roubos tem assolado os comerciantes no centro histórico de Cuiabá. Problema social com a presença constante de pessoas em situação de rua e de usuários de entorpecentes amplia o número de ocorrências, e segue sendo um grande desafio para quem mora ou frequenta essa região da Capital. A população precisa viver em meio à insegurança
a qualquer hora do dia, mas é no período noturno que os criminosos agem com maior frequência.

Elisa Almeida, que atua em uma loja de bijuterias em frente à Praça Doutor Alberto Novis, próximo ao Beco do Candeeiro, relata que sente medo. “Fico sozinha maior parte do tempo, e os andarilhos entram, pedem dinheiro e abordam os clientes”.

Segundo Almeida, o forro do estabelecimento continua quebrado depois da última invasão dos criminosos ocorrida em janeiro deste ano. “Identificamos pelas câmeras que foram duas pessoas que entraram e levaram as moedas que estavam no caixa. Desta vez, o prejuízo foi pouco. No final do ano passado, entraram 3 vezes em menos de um mês para furtar. É desanimador”.

Também foi alvo dos criminosos, em fevereiro deste ano, o comerciante João Camargo, que trabalha na Prainha. “Durante o
dia, um usuário de entorpecentes entrou e levou vários produtos de carnaval, mas conseguimos ver toda a ação pelas câmeras e pegar ele na saída da loja. Há 40 dias, duas mulheres entraram com 2 crianças e levaram vários produtos, conseguimos alcançá-las já no Beco do Candeeiro, acho que iriam trocar por droga. Porém, na semana passada, não tivemos a mesma sorte, o cliente parou no estacionamento da loja, e um criminoso levou o notebook dele, que estava no interior do veículo, tivemos que ressarcir parcialmente. Investi em 18 câmeras para tentar minimizar a ação criminosa. A loja tem mais de 20 anos, antes não era assim. Hoje, esses marginais ficam 24 horas por dia perturbando em frente aos comércios”.

Segundo Camargo, existem estabelecimentos que atuam de fachada, mas, na verdade são pontos de venda de droga. Também têm dois hotéis suspeitos. “Agem em plena ‘luz do dia’, precisa ter operação eficaz de investigação e acabar com isso”.

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